domingo, 24 de abril de 2016

Bicola faz a festa

Em um jogaço, Papão derrota o Leão por 4 a 2 e agora enfrenta o Gama-Df na grande final da Copa Verde

"É bicolor! Ô ô ô ô... É bicolor!” Esse foi o grito que ecoou no Mangueirão após o final do jogo de volta da semifinal da Copa Verde, após a vitória maiúscula do Paysandu diante do Remo, por 4 a 2, ontem. O Papão, mesmo jogando pelo empate, não precisou da vantagem, despachou o maior rival e está classificado pela segunda vez para a final da Copa Verde em três anos de competição. Com um time bem compactado, o Paysandu levou uma pressão do Remo em alguns momentos do jogo, mas soube aproveitar os contra-ataques e saiu de alma lavada do Mangueirão. Agora o Papão terá pela frente o Gama-DF, que se classificou diante do Aparecidense-GO - apesar da derrota por 2 a 1 no jogo de volta, ontem, no Bezerrão. As finais estão marcadas para os dias 4 e 11 de maio.
O primeiro tempo do clássico Re-Pa de número 737 foi de emoção do início ao fim. O Paysandu com a vantagem do empate e o Remo precisando vencer por dois gols para conquistar a classificação, ingredientes que foram colocados à mesa logo no primeiro tempo. A equipe remista foi quem chegou primeiro com Alisson pela direita. O jogador cruzou rasteiro e o atacante Luiz Carlos “Imperador”, sozinho, mandou para fora. O Remo era “patrão” do jogo e tinha mais posse de bola, mas o Paysandu era muito perigoso nas suas descidas ao ataque. A primeira chance de perigo bicolor foi com Fabinho Alves, que saiu driblando os defensores do Remo e chutou forte, para a boa defesa de Fernando Henrique.
Já acostumados a se enfrentar este ano, as duas equipes não ficaram naquele jogo morno, muito pelo contrário, a partida começou a “pegar fogo” com chances perdidas de ambos os lados. O Remo atacou com Ciro pela esquerda, que cruzou, Marco Goiano deu um toque na bola e Emerson, de ponta de dedo, operou um milagre e livrou o Papão de tomar o primeiro gol. Já pelo lado alviceleste, a descida ao ataque foi fatal. Boa jogada de Celsinho: o meia entrou na área e foi derrubado por Alisson. O árbitro Joelson Nazareno não titubeou e marcou a penalidade. Na cobrança o atacante Betinho deslocou Fernando Henrique, bola para um lado, arqueiro para o outro e Papão na frente do placar, 1 a 0, aos 28 minutos.
O Remo sentiu o gol sofrido, tanto que demorou para se encontrar novamente na partida. Por outro lado, o Paysandu quase ampliou com Pablo, que recebeu um presente da zaga remista e, dentro da área, de frente para o gol, chutou para fora. O Leão voltou ao ataque pelo lado direito com Levy, que recebeu no bico da grande área e chutou, a bola caprichosamente bateu na trave.
As duas equipes ficaram sem seu artilheiros quase que no mesmo minuto. Luiz Carlos, do Remo,  sentiu uma contusão e foi substituído pelo atacante Sílvio. Pelo lado bicolor o atacante Betinho também foi substituído, após lesão na coxa. Leandro Cearense entrou no seu lugar.
Com a entrada de Sílvio, o atacante Ciro saiu da ponta e começou a jogar centralizado, com isto o Remo ganhou mais velocidade nas jogadas pelas laterais. E já no fim do primeiro tempo o Leão chegou ao empate. Cruzamento de Sílvio pela esquerda e o zagueiro Fernando Lombardi, do Paysandu, escorou contra o próprio gol. Tudo igual no Mangueirão, Remo 1 x 1 Paysandu.
Na segunda etapa o Paysandu voltou modificado. O técnico Dado Cavalcanti colocou o volante Rodrigo Andrade no lugar de Raphael Luz. O jogo continuou eletrizante, com o Paysandu mais perigoso nas suas investidas no ataque. O Paysandu pressionava demais o Remo, já o time remista tentava explorar os contra-ataques, mas o Papão pulou à frente com Rodrigo Andrade, o jovem da base bicolor aproveitou o escanteio e a falha da zaga remista e só teve o trabalho de empurrar para o gol. Papão 2 a 1.
O Remo perdeu o atacante Sílvio, com uma contusão, que deu lugar ao João Victor. O Leão não se entregou e chegou ao empate após cruzamento de Levy, a bola passou pelo goleiro Emerson e Ciro, de cabeça, empatou tudo no Olímpico. 2 a 2.
Mas o Papão estava impossível em campo e as coisas melhoraram com a expulsão do zagueiro Max. Com um a mais o Papão se aproveitou do desespero azulino e em um contra-ataque puxado por Leandro Cearense a bola foi tocada até Raí, que bateu na saída de Fernando Henrique. Papão 3 a 2.
Com a vantagem no placar, o Paysandu tocou a bola, gastando o tempo. O Remo já não se encontrava em campo e não conseguiu reagir. Pelo lado do bicolor, o jogo foi decidido na reta final com mais um gol de Raí, que puxou o contra-ataque, tirou a zaga remista e bateu forte, rasteiro, no canto direito de Fernando Henrique, fechando o “caixão” remista e dando números finais ao jogo com o placar de 4 a 2.
**Fonte JAmazonia

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